Nizan Guanaes escreveu na sua coluna "Espanha e África ganharam a Copa", em 13/07 na Folha, que o Brasil precisa "marquetear sua economia, sua cultura, seus produtos, suas cidades, etc.", mas de nada adianta se não tiver conteúdo, se não tiver nada para apresentar.
Esse é o grande dilema para a realização tanto da Copa em 2014, quanto das Olimpíadas em 2016 no nosso país. Há um planejamento para se investir bilhões numa infraestrutura para atender quase que exclusivamente os visitantes e os protagonistas desses eventos. Enquanto isso uma boa parte do país verá os jogos sem saber que poderia estar em condições melhores se os recursos fossem canalizados para seu benefício.
Temo que a apresentação desses eventos fique apenas na embalagem, com favelas maquiadas e ruas socialmente assépticas, embalagem de qualidade duvidosa como nosso logo da Copa.
Aliás, a África do título de sua coluna parece uma homenagem marota (marquetagem?) à agência do grupo que ele dirige (*). O correto seria "Espanha e África do Sul ganharam a Copa".
(*) A mesma agência que teria desenhado o logo que foi escolhido por um grupo de notáveis. Notáveis sim, mas nas respectivas áreas de atuação; de competência duvidosa para uma responsabilidade dessas. Mas esse é um assunto já muito batido e debatido...
